Kaká afirmou que, durante a recuperação, quando chegou a disputar algumas partidas, ele ia para casa treinar sozinho. Para ele, a principal motivação é jogar com assiduidade no Real Madrid e, sobretudo, vencer com o time.
"Acredito muito que vou vencer aqui, e isso me motiva. No primeiro ano, tive problemas de púbis. No segundo ano, foi o joelho. Isso, psicologicamente, não era bom. Minha motivação era vencer", contou o jogador.
"O presidente me perguntou qual era meu problema no Real Madrid. Respondi que era eu. Fisicamente, o que sentia era como um robô em campo, os movimentos muito duros. O que era dinâmico, normal, começou a ser mecânico, um jogador previsível. Tudo me deixava muito mal. Mas finalmente estou aqui, o presidente (do clube) não me vendeu", acrescentou.
O meia-atacante disse ter uma dívida com a torcida, com o presidente e com toda a equipe do Real Madrid. Por isso, quer atender à esperança daqueles que acreditaram nele.
Kaká destacou ainda o apoio do técnico português José Mourinho durante o período em que se recuperava. "Só posso falar coisas boas dele. Eu era um jogador com responsabilidades que não estava bem, que poderia ser vendido. Mas ele acabou me ajudando. Esta confiança se ganha no treino, acho que estou ganhando agora. Mas foi muito difícil. Houve treinos que foram um desastre".
"Não era problema dele, era meu. Ele me ajudou, ficou do meu lado, me pedia calma e paciência. Todos os outros também. A parte psicológica é fundamental, com palavras de apoio. É preciso saber dizer as coisas, e essas pessoas souberam muito bem", ressaltou.
Por fim, Kaká elogiou seu companheiro de equipe Mesut Özil, que também não apareceu nas escalações de José Mourinho no início da temporada. "Özil é um fenômeno. Não temos problema em jogar juntos, é muito inteligente. Acho que tem um futuro maravilhoso. É elegante, tem uma visão de jogo muito boa, erra muito pouco".
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